Akhe Theatre

Rússia

Gobo. Digital Glossary

Teatro Maria Matos
14 e 15 de Maio às 22h


ENCENAÇÃO Yana Tumina
PERFORMERS Maxim Isaev e Pavel Semchenko
DESENHO DE LUZ Vadim Gololobov
MÚSICA Andrey Sizintsev
VÍDEO Oleg Mikhaylov

CENOGRAFIA E INSTALAÇÃO VÍDEO Maria Bykova
TÉCNICA Teatro visual e objectos
PÚBLICO-ALVO M/10
DURAÇÃO 50 minutos
IDIOMA Sem palavras


Akhe Theatre, uma das companhias russas de teatro independente mais conhecidas, apresenta-se novamente no FIMFA com a sua última criação multimédia: “Gobo. Digital Glossary”. Os Akhe gostam de chamar “Teatro de Engenharia” aos seus espectáculos, com um certo toque de ironia, já que estes estão cheios de absurdos, objectos estranhos e de referências artísticas, mas são também caracterizados muitas vezes como “teatro óptico”. Os seus trabalhos são uma combinação de happenings, artes plásticas, instalação, vídeo e fotografia. Os actores definem-se a si próprios como “operadores do espaço cénico”. O Espaço é uma das personagens do espectáculo.

“Gobo. Digital Glossary” é uma tentativa de retratar um herói mítico da era digital, o Gobo. Mistura animação, cinema, pintura, elementos da natureza e da tecnologia digital, oscilando entre uma instalação e mini-performances. A cenografia não é mais do que um complexo laboratório cheio de artefactos, cabos, câmaras, líquidos, bonecos, raios laser e guitarras eléctricas, dispostos para a sua peculiar experimentação poética. Mini-câmaras registam os acontecimentos que são projectados em ecrãs para obter uma espécie de ‘visão múltipla’ do mesmo facto.

Um verdadeiro divertimento Dadaísta... Poético e incoerentemente fabuloso como um conto que nos pode transportar para onde nós não nos atreveríamos a sonhar, a abrir os olhos e a aventurar-nos.

Da obscuridade à luz, do riso ao choro, do absurdo à empatia...



A companhia Akhe Theatre, “Teatro de Engenharia Russo”, privilegia as acções e as imagens em relação à palavra, rejeita a realização linear do texto tradicional, apresentando a descrição das emoções do homem em confronto com os objectos que o rodeiam. Não é uma história, mas um processo de substituição ao palco cénico normal: como uma bizarra “criatura” muito mais fácil de observar do que de descrever. Experimentam não apenas a performance, mas também integram as artes plásticas, o cinema e o teatro de objectos. Já surpreenderam os públicos da Europa, América e Ásia.

Akhe é um colectivo de pintores, designers e actores que foi fundado em 1989, por três membros do teatro Boris Ponizovski "Yes - No". Os seus directores, Maxim Isaev e Pavel Semchenko, são originários do passado de vanguarda de São Petersburgo, onde grupos independentes de artistas e músicos literalmente explodiram nos anos 90, alunos de Timur Novikov e fans de Sergei Kurekhin. Perturbantes e ao mesmo tempo divertidos, os artistas do Akhe Group são embaixadores internacionais há duas décadas do “teatro de engenharia russo” que combina diferentes formas de expressão visual, criando um curioso imaginário que nos faz reflectir sobre a sociedade hipertecnológica.

Akhe Theatre ganhou o prémio do júri no Festival Arena (Alemanha), o primeiro prémio do Festival Fringe de Edimburgo (Escócia), o primeiro prémio do júri no Festival Mimos Perigueux (França), o prémio da crítica no Festival Unidram (Alemanha) e foi várias vezes premiado com o prémio Golden Mask, o óscar do teatro russo, estando novamente nomeados este ano.