La Tête dans le Sac - Marionnettes

Suíça

Fantômas Probablement

Museu da Marioneta
29 e 30 de Maio às 22h


ENCENAÇÃO, CONSTRUÇÃO E ACTORES-MANIPULADORES Cécile Chevalier e Franck Fedele
MÚSICA Géraldine Schenkel, Seby Ciurcina, Marcello
DESENHO DE LUZ Florence Guillermin
LUZ E SOM Emilie Poirier
TÉCNICA Mista
PÚBLICO-ALVO M/8
DURAÇÃO 70 minutos
IDIOMA Francês e português


Fantômas!
-Como?
-Eu disse… Fantômas.
-Mas o que é que isso significa?
-Nada... e tudo!
-Mas quem é?
-Ninguém... No entanto, é alguém!
-E o que é que esse alguém faz?
-Espalha o terror!
Primeiras linhas de Fantômas, a primeira novela da série.

Marionetas do submundo… Um espectáculo especial, surreal, revolucionário e de terror, com vinte marionetas e dois marionetistas, sobre o universo de... Fantômas!

Ninguém sabe exactamente
Ninguém
Pode dizer com precisão
Quem é Fantômas
A sua sombra paira acima dos mistérios mais estranhos, a sua marca encontra-se nos crimes mais inexplicáveis.



Fantômas nasceu num certo dia de Fevereiro de 1911, é imortal, “é o Senhor do terror, o génio do mal, o anti-herói de uma série de 32 novelas de crime francesas anteriores à Primeira Guerra Mundial, escritas por Pierre Souvestre e Marcel Allain. Fantômas comete os crimes mais horrendos: substitui perfume por ácido sulfúrico nos grandes armazéns parisienses; liberta ratos empestados num cruzeiro de luxo, ou força uma vítima a presenciar a sua própria morte colocando-a de cabeça para cima numa guilhotina. Fantômas é o mestre dos mil disfarces e o líder do vasto exército de "apaches" (marginais). Fantômas pode ser qualquer pessoa e nenhuma, estar em toda a parte e em lado nenhum, declarando uma guerra implacável contra a sociedade burguesa onde se move com toda a facilidade e segurança”. Acautelem-se pois o Senhor do Terror chegou…

Fantômas é encantador, conseguiu chamar a atenção de figuras como René Magritte ou Apollinaire, cuja leitura destes romances-folhetins consideravam “uma ocupação poética do mais alto interesse”, de Picasso e Juan Gris, que se declararam seus admiradores e até Mike Patton, cantor dos Faith no More, que utilizou o seu nome para uma das suas bandas, já para não falar da sua inspiração cinematográfica.

Marionetas macabras, do “underground”, das quadrilhas, propõem-nos o seu olhar sobre este “herói”, através da sua imaginação deformada levam-nos à caça de Fantômas, em ruas sombrias, lugares perigosos, antros, cabarés. De qualquer forma, as suas aventuras não têm fim, nem lógica, é sempre Fantômas, reaparecendo com novas identidades. Após numerosas mudanças de identidades e de ressurreições, finalmente, o único meio de prender Fantômas é talvez... tornar-se Fantômas.

A companhia "La Tête dans le Sac – Marionnettes" é uma família de marionetistas. Uma família, em constante expansão como o Universo, que, segundo fontes desconhecidas, tem 23 marionetas e 2 marionetistas. É difícil saber com precisão quando começaram as suas actividades. Os membros de “Tête dans le Sac – Marionnettes” são todos criadores e actores, artistas e pensadores, que desenvolvem o trabalho artístico colectivamente. Para conseguirem ler os 32 volumes de “Fantômas”, dividiram aleatoriamente a leitura das 12800 páginas e, destas leituras, geraram uma interpretação livre e colectiva do mito de Fantômas, baseando a estrutura dramatúrgica segundo as palavras de Apollinaire: “Extraordinária novela, cheia de vida e imaginação... Fantômas é uma das obras mais ricas que existem”.